Tudo que você precisa saber para garantir que seu filho cresça forte e saudável.
A chegada de um filho representa um momento de grandes transformações na vida de todo pai ou mãe de primeira viagem, até porque estamos falando de um ser humano que precisa do máximo de cuidado, carinho e atenção.
Seja para quem ainda está gestando ou para quem já tem o pequeno em casa, é possível que haja muitas dúvidas quando se trata da saúde infantil. Afinal de contas, como é o esquema vacinal das crianças? De quanto em quanto tempo devemos levá-lo ao pediatra? É preferível usar fraldas descartáveis ou de tecido?
A boa notícia é que existem respostas para essas e outras questões que podem surgir durante a maternidade e a paternidade. Nossa missão é deixar esse caminho mais claro, para que você, enquanto pai e/ou mãe, possa garantir mais saúde e qualidade de vida para o seu filho.
Cuidando da saúde: da maternidade até a idade escolar
Até se tornar adulto, o ser humano passa por diversas transformações que, por sua vez, começam no momento da gestação. É importante lembrar que um bebê ou uma criança são seres em pleno desenvolvimento e que, exatamente por conta disso, precisam de cuidados.
Entender isso é básico, pois esses cuidados serão determinantes para o bem-estar físico e mental do indivíduo décadas após ter nascido. A amamentação é um ótimo exemplo, já que o leite materno fornece todos os nutrientes necessários para o bebê, além de fortalecer o seu sistema imunológico.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Ministério da Saúde, a recomendação é que a amamentação ocorra nas primeiras horas após o parto. O leite materno deve ser mantido como alimento exclusivo até os 6 meses e junto com alimentos sólidos até os 2 anos.
Nesse primeiro momento da vida, é essencial oferecer ao seu filho alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes e proteínas diversas, evitando ao máximo produtos industrializados, como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes e doces. Uma alimentação saudável desde cedo fará toda a diferença no futuro.
Em relação às consultas médicas, a recomendação do Ministério da Saúde é que o acompanhamento pediátrico seja feito conforme a idade: até os 6 meses, uma ida ao médico por mês; de 6 meses a 1 ano, a cada 2 ou 3 meses; de 1 a 2 anos, a cada 3 ou 4 meses; e, a partir dos 2 anos, as visitas ao pediatra podem ser anuais.
Entenda que cada criança é única e, em alguns casos, é possível que esse acompanhamento precise ser feito de maneira personalizada ou ainda para atender a situações emergenciais.
Lembre-se também da importância do sono de qualidade e da atividade física para o bom desenvolvimento infantil. Na dúvida, sempre recorra ao seu pediatra de confiança.
Calendário vacinal infantil
Um ponto que jamais deve ser negligenciado é a vacinação infantil, já que, além dos riscos à saúde e ao desenvolvimento da criança, tal medida é obrigatória pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e seu descumprimento pode acarretar em multa de 3 a 20 salários mínimos.
As primeiras vacinas que o bebê recebe assim que nasce são as doses iniciais da BCG (contra tuberculose) e da Hepatite B recombinante. No segundo mês, deve receber as primeiras doses das vacinas Pentavalente (DTP/Hib/HepB), VIP (contra a poliomielite), Pneumocócica e Rotavírus humano.
Aos 4 meses, o bebê deve receber a segunda dose das vacinas aplicadas no segundo mês. Aos 6 meses, a terceira dose da Pentavalente, da VIP e da Pneumocócica, além da 1ª dose da vacina contra Influenza (gripe). Aos 9 meses, é aplicada a primeira dose da vacina contra a febre amarela.
Aos 12 meses, é aplicada a primeira dose da Tríplice Viral e o reforço da Pneumocócica. Aos 15, o reforço das vacinas DTP (Tríplice Bacteriana) e VIP, junto com a primeira dose da Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Com 4 anos, é aplicado o reforço da DTP e a segunda dose da Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola).
Crianças com 10 anos de idade devem tomar a dose de reforço da vacina Meningocócica C. No caso da vacina contra HPV (Papilomavírus humano), a indicação é de 2 doses tanto para meninos quanto para meninas, com idade entre 9 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias).
Todas essas vacinas são oferecidas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e aplicadas conforme o calendário vacinal.
Cuidados preventivos extras
Quando lidamos com crianças, todo o cuidado é pouco. Isso porque elas estão mais propensas a doenças, a machucados e a quedas em razão da sua fragilidade. Então, especialmente entre os primeiros meses de vida até os 4 anos, quando a criança passa a ter consciência do que é certo ou errado, esteja sempre atento.
Tampe tomadas para evitar choques elétricos e deixe objetos perfurantes e pontiagudos fora do alcance dos pequenos. Dificulte o acesso a armários e a portas, bem como a itens quebráveis, como porcelana e vidro.
Tenha em casa um kit de primeiros socorros com medicamentos (analgésico, antitérmico, anti-histamínico etc.), pomada contra assaduras, gaze, esparadrapo, tesoura, soro fisiológico e antisséptico.