Conheça o termo e entenda como ele funciona na prática
Dentro do ramo da radiologia, existem vários conceitos importantes marcados por siglas, como, por exemplo, IOE, EPI e EPC. Todas elas representam alguma técnica ou princípios básicos do setor e precisam ser estudados por profissionais da área.
O IOE é uma abreviação para o conceito de Indivíduo Ocupacionalmente Exposto e se refere basicamente ao indivíduo que passa por alguma exposição ocupacional de radiação, seja por fontes já existentes ou adicionais.
De acordo com a Norma CNEN-NN-3.01 da radiologia, o termo exposição ocupacional é a “exposição normal ou potencial de um indivíduo em decorrência de seu trabalho, ou treinamento em práticas autorizadas ou intervenções, excluindo-se radiação natural do local”.
Como acontece a exposição?

A exposição tem como fonte algum equipamento ou material que pode emitir a radiação ionizante ou eletromagnética e até mesmo liberar outras substâncias radioativas. Qualquer mínima partícula exposta a este tipo de radiação pode ionizar os átomos e moléculas, através do contato com a matéria.
A radiação decorrente da exposição pode causar diversos problemas na saúde do indivíduo, pois atua diretamente nas células. O contato da radiação com os organismos vivos pode causar vários efeitos, como náuseas, fraqueza, queda de cabelo e queimaduras.
Além disso, o nível do efeito causado depende do grau de contaminação e da intensidade da fonte emissora. Por isso, eles são divididos entre agudos e crônicos. Os agudos são os sintomas citados acima, já os crônicos são mais fortes, podendo, inclusive, causar câncer em diferentes órgãos do corpo.
O que as regulamentações dizem?
Existem órgãos específicos para cuidar do nível de exposição de um indivíduo à radiação. A segurança da área radiológica é estabelecida através de três tópicos: as bases legais, as governamentais e as técnicas.
As empresas que trabalham com materiais radioativos são obrigadas a seguir as leis estabelecidas pela Comissão Nacional da Energia Nuclear (CNEN). Os princípios básicos da área precisam ser rigidamente seguidos e fiscalizados para que nenhum problema aconteça aos profissionais da área.
Os três princípios mais conhecidos são:
- Justificação da prática
Essa norma diz que qualquer atividade que envolva a exposição à radiação deve ser justificada aos órgãos reguladores e deve produzir algum efeito positivo na sociedade para que valha a pena ser praticada.
- Otimização da proteção radiológica
O segundo tópico afirma que as instalações e ações da empresa devem ser planejadas, implantadas e executadas de forma estratégica e estudada e levar em consideração fatores sociais e econômicos, para evitar exposições desnecessárias.
- Limitação de doses individuais
O terceiro fator a se levar em consideração é a dose individual que cada trabalhador pode se expor à radiação, para que não exceda os valores anuais e seja prejudicial a ele e a quem está próximo.
Cuidados básicos
Entre as ações que devem ser feitas pensando na saúde e no bem-estar físico de quem trabalha na área está o controle da operação através do tempo, da distância e da blindagem.
É preciso calcular o tempo que cada pessoa pode ficar em um ambiente de radiação. Além disso, ela deve estar a uma distância mínima, calculada pelas normas reguladoras, de qualquer objeto ou máquina de emissão. Outro ponto é a necessidade de que os trabalhadores estejam com o equipamento completo obrigatório, gerando uma blindagem contra a radiação.
Logo, fica claro que é extremamente importante que profissionais que necessitam passar algum tempo perto da radiação sejam verificados com frequência. Além disso, as empresas devem ser fiscalizadas para que os limites estabelecidos pela norma não sejam excedidos e os profissionais não sofram consequências físicas.