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Numa época em que a maioria dos segmentos está saturada em termos de concorrência, o storytelling se apresenta como um dos grandes diferenciais que pode tornar uma marca mais atraente que as outras.

O termo pode ser traduzido como o “ato de contar histórias”. Porém isso diz muito pouco sobre sua natureza e alcance, já que se trata de uma das estratégias mais difíceis de aplicar na prática, e também uma das mais recompensadoras.

Afinal, não há nada que uma marca queira mais do que chamar a atenção do seu público, e depois ainda se fixar na memória dele. E é justamente isso o que o storytelling faz.

Se você quer entender melhor como isso ocorre, e como pode ajudá-lo no fortalecimento da sua própria marca e no aumento das vendas, siga até o fim da leitura.

O que exatamente é o storytelling?

Ele nada mais é que uma aplicação de estratégias antigas de narração, mitologia e até religião, ao universo da publicidade, das vendas e da comunicação em geral.

Quando o storytelling é aplicado, em vez de simplesmente explorar aspectos comerciais de um produto, como preços, prazos e vantagens, a marca lida com fatores psicológicos, segundo os quais uma história é muito mais marcante que um texto frio.

Ao falar em revelação de fotos 15×21, por exemplo, a empresa pode se perder em detalhes técnicos do serviço, ou fazer o cliente em potencial imaginar o impacto das fotos em sua vida, no registro de um casamento, de um batismo, de um aniversário, etc.

Com o tempo a estratégia se disseminou, e hoje pode ser aplicada a várias áreas, tais como:

  • À própria publicidade;
  • Ao universo do cinema;
  • Aos palestrantes e coachings;
  • À propaganda política;
  • Ao mundo dos games;
  • Entre outros.

O intuito é sempre o de dar à mensagem principal uma roupagem que a torne mais fácil de ser assimilada, ao mesmo tempo em que tenha elementos não apenas da razão, mas também da emoção e da memória afetiva.

As decisões e a racionalidade humana

Do que dissemos, é possível deduzir o aspecto psicológico que dá sustentação ao storytelling, o qual reside no funcionamento do cérebro humano e no modo como costumamos tomar decisões.

O fato é que quase nunca decidimos algo por meio do uso exclusivo da razão. Isso que vale para fatores pessoais, da relação entre parentes, por exemplo, não deixa de ser verdade no mundo dos negócios.

Seja para fazer cotações de compressor de ar preço na esfera industrial, seja para decidir qual gravata ou quase sapato comprar, certamente sempre há um fator irracional na decisão.

Os famosos “gatilhos mentais” que o storytelling pode disparar têm tudo a ver com isso, conforme ficará claro adiante.

Os principais gatilhos mentais a utilizar

Toda boa história deve ter começo, meio e fim. Além disso, é preciso haver um conflito inevitável no decorrer da narração, bem como uma “moral da história” no fim, que é o que deverá prevalecer na memória de quem tiver contato com ela.

O problema é que todo esforço de storytelling vai acabar caindo nessa mesma estruturação.

Por isso, ao construir uma narrativa com base nesses princípios, dois elementos vão precisar ser utilizados de modo eficiente para tornar sua história única e não apenas um clichê.

O primeiro é o produto. Saber explorar os diferenciais do seu nicho é muito importante, seja ele voltado para soluções populares e de massa ou para uma indústria que fabrica pressostato para compressor.

O segundo elemento são os gatilhos mentais, sendo os mais comuns os seguintes:

  • O da curiosidade;
  • O da alegria;
  • O da escassez;
  • O da autoridade.

Como reforçar os gatilhos mentais

Em termos técnicos o storytelling é, ele mesmo, um gatilho mental. Contudo um grande diferencial pode ser o de você conseguir inserir outros gatilhos mentais clássicos nele.

O da curiosidade lida com o suspense, que pode ser usado em qualquer produto, desde que no final ele seja revelado como o grande solucionador do problema. O da alegria lida com casos como o da fotografia, que citamos acima.

Os gatilhos da escassez e da autoridade podem ajudar sobretudo em setores mais nichados.

Você pode propor uma narração sobre maquinários industriais e a importância de peças menores como cabos, anéis ou mola prato para o conjunto de um equipamento complexo.

Se a história se desdobra narrada por alguém que aprendeu isso na prática, é possível reforçar o gatilho da autoridade. Ao mesmo tempo, é possível focar a escassez, conforme a disponibilidade que você der ao seu produto.

Com isso vemos como o storytelling pode oxigenar as estratégias publicitárias e comerciais de qualquer segmento, desde que seja devidamente utilizado.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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