As empresas que procuram uma alternativa de redução de custos podem se deparar com muitas possibilidades, como a diminuição de mão de obra, a automação de departamentos a introdução de softwares inteligentes e, até mesmo, a migração do espaço tradicional para um ambiente de coworking.
Com preços atrativos, possibilidades de redução de custos e uma ótima oportunidade para a troca de experiência, o coworking foi capaz de transformar muitas ideias em negócios rentáveis, sendo uma ferramenta excelente para o empreendedorismo.
De acordo com o Censo Coworking Brasil de 2018, o serviço de escritórios compartilhados somavam 1194 unidades, com atendimento a mais de 214 mil pessoas.
A procura por ambientes de coworking no Brasil é uma das maiores em todo o mundo: nos últimos anos, houve um aumento acelerado de 500% no número de pessoas que queriam contratar um espaço compartilhado, enquanto a média mundial era de 200%, no mesmo período.
Por conta disso, pode-se ter uma ideia da presença cada vez mais significativa do coworking no mercado brasileiro.
Anteriormente, apenas negócios de tecnologia optavam pelo coworking. Hoje, já é possível encontrar, até mesmo, salões de beleza compartilhados, bem como uma série de empresas, que eram vistas por seus estabelecimentos fixos.
Ou seja, a tendência é que o coworking cresça cada vez mais e se expanda para novos tipos de empreendimentos.
O que é coworking?

Muito difundido no Brasil nos últimos anos, especialmente a partir de 2017, o coworking é uma tendência que surgiu nos Estados Unidos, baseada na integração de pessoas em um determinado local, que se reúnem para trabalhar.
A ideia surgiu em 2005, com o engenheiro de software Brad Neuberg, que criou uma comunidade de trabalho com os seus amigos.
Brad Neuberg foi responsável pela criação do Hat Factory, um coworking em São Francisco, Califórnia, que era basicamente um apartamento, onde trabalhavam 3 profissionais de tecnologia.
Nos dias avulsos, o local abria as portas para outras pessoas que desejavam um lugar para trabalhar e queriam trocar experiências.
Percebendo o sucesso da iniciativa de Neuberg, muitas empresas começavam a investir no coworking, dispensando os altos custos com infraestrutura e permitindo o compartilhamento de experiências, em uma grande rede de network.
Em síntese, o coworking funciona assim: um promoter de festa, por exemplo, deixa de ter um estabelecimento tradicional de trabalho e passa a usar um local compartilhado, como uma sala dentro de um prédio comercial.
Assim, a empresa paga um valor, que é calculado por hora, para utilizar aquele espaço de trabalho.
A grande vantagem é que a empresa não precisa se preocupar com as convencionais contas, como aluguel, água, eletricidade, telefonia, internet e manutenção do espaço, já que essas e outras taxas ficam por conta do proprietário do local.
O coworking é um ambiente especialmente pensado para trabalhadores autônomos e freelancers, mas muitas empresas estão incorporando a modalidade para reduzir custos.
Assim, não importa se você é somente um profissional independente ou uma grande empresa de reciclagem de papel, por exemplo.
É possível encontrar espaços compartilhados, escritórios privativos e, até mesmo, sala de reuniões adaptadas para as necessidades de cada um.
Neste artigo, separamos 5 principais vantagens de redução de custos que os espaços de coworking podem oferecer. Confira abaixo!
Veja 5 formas de reduzir os custos com espaços de coworking
1. Redução dos custos de investimento
Os profissionais de início de carreira e jovens empreendedores já devem ter percebido o quanto é dispendioso abrir uma empresa – mesmo que seja um negócio de pequeno porte.
É preciso ter uma quantia de capital inicial, para o investimento em insumos, equipamentos, mão de obra e outros elementos que são fundamentais para o trabalho.
No entanto, o coworking pode ajudar os recém empreendedores a iniciar um negócio, com uma significativa redução de custos.
Afinal, não é preciso se preocupar com o valor na aquisição de um imóvel próprio para o ambiente de trabalho.
Por exemplo, uma gráfica responsável por impressão a0, isto é, em máquina de plotter, pode encontrar um escritório de tamanho maior para abrigar os equipamentos, porém em uma instalação compartilhada.
Com isso, os custos de aluguel são menores e não é necessário desembolsar uma grande quantia de dinheiro para a compra de um imóvel.
Fora que, no coworking, não é preciso gastar tempo com burocracias envolvendo imobiliárias. O contrato pode ser feito diretamente com o responsável pelo espaço.
2. Rateio de gastos com infraestrutura
Além do próprio espaço, muitos bens e serviços podem ser compartilhados no coworking. Por exemplo, uma balança comercial digital, usada para medir materiais, pode ser rateada por vários trabalhadores do coworking.
Assim, não é necessário desembolsar uma quantidade de dinheiro para a aquisição do equipamento, nem mesmo ter sozinho a responsabilidade de arcar com os custos de manutenção, consumo de energia, etc. Tudo é dividido entre as pessoas que utilizam a balança!
Outros custos com a infraestrutura também são rateados, como a mensalidade da internet, o valor do condomínio e, até mesmo, a limpeza do local.
Em um escritório com várias pessoas, é possível dividir todos os gastos envolvidos e os preços ficam realmente baixos.
3. Flexibilidade no uso de espaços
Imagine que uma empresa de vistoria de identificação veicular conta com uma oficina equipada para analisar os automóveis, mas não tem um espaço próprio para receber clientes para uma reunião.
Isso pode afetar as vendas, pois ninguém gosta de ser atendido em um ambiente inadequado.
Sendo assim, o coworking pode ajudar os empreendimentos que não possuem uma infraestrutura voltada a todos os departamentos, especialmente espaços para reuniões.
No exemplo citado acima, ao invés de mudar a oficina de lugar ou procurar um novo imóvel, a empresa pode optar por um coworking para atender os clientes e realizar reuniões com os colaboradores, quando necessário.
Dessa forma, os custos com manutenção, aprimoramento e infraestrutura são reduzidos.
Além disso, o coworking conta com muitos outros espaços, incluindo:
- Escritórios privativos e salas reservadas;
- Salas de reunião em diversos tamanhos;
- Salas com isolamento acústico;
- Salas para relaxamento;
- Cozinhas compartilhadas.
Claro que, a disponibilidade e a existência desses ambientes irá depender de cada coworking.
Em alguns casos, há somente os espaços de trabalho integrado. Contudo, independentemente do tipo de sala, o coworking continua sendo uma das melhores opções para redução de custos.
4. Redução de gastos com serviços básicos
Quando se tem um negócio, é fundamental contar com uma pessoa para atendimento ao público, seja para anotar um recado, fornecer informações básicas ou transferir uma ligação/mensagem para o setor/profissional responsável.
Por exemplo, quando ligamos em um salão de beleza para saber mais sobre o implante de cabelo feminino, queremos saber mais sobre preço, tempo para execução do serviço, qualidade dos implantes, etc.
Nesse sentido, muitos estabelecimentos investem em recepcionistas para o atendimento ao público.
No coworking, não é preciso contratar um profissional voltado somente aos serviços básicos.
Na grande maioria dos escritórios compartilhados, há a presença de um recepcionista que recebe os primeiros contatos e os transfere para os responsáveis.
O preço pelo serviço básico de recepção está, muitas vezes, incluso no pagamento por hora do espaço de coworking, ou, até mesmo, no valor do condomínio.
Desse modo, não é preciso envolver-se com questões burocráticas e dispendiosas para a contratação de colaboradores.
Além da recepção, outros serviços básicos podem estar inclusos no contrato, como limpeza, manutenção, instalação de equipamentos, dedetização, entre outros.
5. Endereço comercial em área nobre
Muitos empreendimentos sonham em ter um endereço comercial na área nobre da cidade.
Afinal, encontrar uma empresa fornecedora de desengraxante biodegradável em uma zona de privilégios, pode ser a chave para a conquista de novos clientes e, até mesmo, a oportunidade para aumentar o preço da mercadoria.
Muito disso deve-se à sensação de confiança e alta qualidade que o público estabelece com as empresas localizadas em áreas nobres.
Contudo, essas regiões tendem a ter um preço de investimento imobiliário muito maior – daí, a opção do coworking.
Um escritório compartilhado em um bairro privilegiado pode ajudar o seu negócio a conquistar o endereço comercial em área nobre, sem gastar muito com a locação de espaço.
Assim, ao invés de montarem estruturas inteiras, é possível contratar redes de escritórios (inclusive virtuais) por um valor muito menor. E, quando necessário, ter um ambiente para reuniões presenciais e trabalhos in loco.
Em um exemplo citado anteriormente, uma oficina responsável por laudo pericial veicular pode não estar em um bairro de alto padrão na cidade, porém o escritório comercial pode ter o endereço de uma zona nobre, se a oficina tiver um coworking.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.